Nesta semana, a tensão entre Estados Unidos e China mexeu com a precificação dos mercados tradicionais, e acabou puxando o mercado de criptoativos consigo.

A preocupação de uma escalada nesse conflito deixa os investidores com receio de abrir posições em ativos de risco, como é considerado o mercado cripto pelo mercado tradicional.

Em um cenário onde a tensão entre ambos países realmente ascende, analistas discutem para onde os criptoativos podem ir, e como se proteger desse cenário. Confira:

Matéria publicada em 03 de agosto de 2022, no Money Times

Por Leonardo Rubinstein Cavalcanti

Criptomoedas como ativo de risco na tensão Estados Unidos x China

João Galhardo, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, comenta que antes de tudo é necessário estudar como o cenário macro vai reagir, para então tentar prever o que acontecerá com o mercado cripto.

“Desde a institucionalização do Bitcoin, e a mudança na estrutura de formadores de mercados de cripto que agora assemelha-se muito à estrutura do S&P 500 e do Nasdaq, é visto que todos esses ativos de risco compartilham uma correlação bem relevante”

Para o analista, caso o conflito escale, todos os ativos de risco vão sofrer bastante, e isso inclui o mercado cripto.

“Tratando-se de cripto, iria agravar ainda mais, e trazer ainda mais volatilidade ao mercado. É um mercado de tecnologia, e toda essa situação entre China e Estados Unidos envolve também Tawian que, envolve por sua vez, semicondutores, algo que mexe bastante com empresas tech. Cripto depende bastante de empresas de computação”, diz.

Galhardo diz que o mercado cripto vai ser atingido negativamente em uma escalada de tensão entre China e Estados Unidos e irá falhar como um ativo de proteção, ou hedge.

Tudo questão de visão de prazo

Mesmo que seja difícil prever, a tendência é que o mercado cripto sofra prejuízos no curto prazo, segundo segundo Luiz Pedro Andrade, analista de criptoativos da Nord Research.

“Justamente devido essa tendência de fuga ao risco que os investidores tendem a ter nessas situações”, diz

Mas para ele, no longo prazo, o Bitcoin pode ser uma boa alternativa para um cenário mais extremo neste cenário de conflito.

“Comprar Bitcoin e Ouro aos poucos pode ser uma boa forma de se proteger dos cenários mais caóticos que podem decorrer disso”, finaliza.

Criptomoedas como proteção na tensão Estados Unidos x China

Todavia, Alexandre Vasarhelyi, sócio fundador e CEO da BLP Crypto, segue a linha contrária. Para o gestor, é justamente a tese de proteção que pode fazer com que o mercado cripto performe bem no conflito.

“Historicamente, o mercado de cripto tem sido um bom hedge para conflitos geopolíticos. Neste caso, como são duas super potências, este comportamento deve aumentar bastante”, ele explica.

Para Vasarhelyi, Ouro e Bitcoin seriam dois ativos interessantes neste cenário, assim como commodities.

Clique aqui para conferir a matéria na íntegra, com participação de Alexandre Vasarhelyi, cio-fundador da BLP Crypto.

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